Pages

Alteridade?

Postado por samantha , quarta-feira, 27 de janeiro de 2010 04:36





Fonte: http://rafaelsica.zip.net

O quadrinho (nada) ordinário de Rafael Sica

Postado por samantha , sexta-feira, 15 de janeiro de 2010 18:15



Por: Julio Daio Borges

Apesar de ter tido passagens pela Folha de S. Paulo, de 2003 a 2006, e de ter publicado na breve revista F e no fanzine Tarja Preta, Rafael Sica parece que sobressaiu, recentemente, na Piauí, ornando alguns dos textos mais bem escritos do que restou do nosso jornalismo. Embora ele mesmo não acredite no embrulha-peixe: “Não conto com carreira em jornal. Isso não existe mais”; e sobre a inesgotável competição entre papel e Web, pontue sem medo de arrependimento: “A internet tem repercussão maior que jornal”. Com menos de 30 anos, Sica é apontado como o mais influente quadrinista da nova geração. Já ganhou exposição em Porto Alegre (ele é de Pelotas/RS) e se prepara para lançar o primeiro livro, pela nova editora Barba Negra, uma dissidência da Desiderata (que ressuscitou, entre capas, o velho Pasquim). Sua produção pode ser conferida, amplamente, no blog Quadrinho Ordinário, que mantém atualizado desde 2007. Descende, claro, de Crumb e do grupo que fundou a revista Chiclete com Banana, nos anos 80, mas, além da acidez, do inconformismo e da veia cínica, que caracterizam toda a turma de Sica, ele reserva, para si, um lado de artista. Apesar do clima de fim de mundo (sempre tragicômico), da desilusão e, muitas vezes, da falta de saída, paira, de repente, um certo lirismo, uma epifania, e até uma certa poesia. Desenhar bem, todos desenham; passar a mensagem, todos passam – mas Sica faz arte; e isso nem todos conseguem fazer... Se a chamada Web 2.0 revelou Hugh MacLeod – seu maior tradutor em forma de rabiscos –, esperamos que a internet brasileira consagre Rafael Sica, permitindo-o viver dignamente de seu trabalho, afinal talentos como o dele não florescem todos os dias.


Blog de Rafael Sica:
http://rafaelsica.zip.net

Fonte do texto: http://www.digestivocultural.com/arquivo/nota.asp?codigo=1515

Primado do objeto

Postado por samantha 05:33

"Schwarz evita a batalha de bibliografias, sem entretanto cair no ecletismo, pois se aferra ao objeto e suas contradições. A atenção aos problemas implica a recusa ao método e, no caso da crítica, respeito pela singularidade do objeto, a obra artística em questão, que não pode ser tratada como mero exemplo de teses já definidas ou como ilustração da aplicabilidade de categorias gerais. O reconhecimento do primado do objeto impõe a diferença específica da obra de Schwarz em relação à de outros que pretendem 'aplicar' Adorno, Benjamin, Brecht ou Lukács, e mesmo Candido, perdendo assim de vista justamente aquilo que nos objetos contradiz e nega, de modo produtivo, as categorias dispostas previamente para a análise. Quando esse 'primado do objeto', na obra de Schwarz, é levado às últimas consequências, acaba colocando em questão, por uma especificidade adicional decorrente de sua inserção na 'periferia do capitalismo', até mesmo alguns pressupostos da teoria crítica. Pois a recepção dessa tradição contraditória foi 'preparada', como diz Schwarz, pelo trabalho de Antonio Candido: isso foi fundamental, contribuindo até mesmo para a crítica do 'frankfurtianismo' como método acadêmico. (...) A crítica imanente, como diz Adorno, exige o conhecimento que vai além do objeto, através do objeto, ou seja, encontra a marca da sociedade como princípio estruturante e expressivo, não como mero tema ou escolha formal. A relação entre arte e sociedade nos ensaios de Schwarz não se pauta pela análise sociológica nem se limita ao comentário erudito, mas busca o desafio de pensar, a cada obra específica, o sentido da mediação. O que interessa não é apenas a idéia (quase banal, embora já uma heresia) de que as obras iluminam e se deixam iluminar pela realidade histórica, mas sim o fato de que o material configurado na obra (lembrando que o conceito de 'material' engloba até mesmo o repertório de formas dadas em determinada época) é ele mesmo histórico, e assim participa desde o início do processo social. (...) Nesse sentido, a opção pela leitura materialistanão tem nada de arbitrário, é sempre fundada no próprio texto, não em convicções externas. Os 'pressupostos' da crítica literária de Schwarz não incluem a necessidade de comentar o mundo, para depois verificar como as contradições do porcesso social se inserem na obra. Muito pelo contrário, é o mundo que frequentemente não está à altura de sua imagem nas obras, e nesse momento a ideiologia é desmascarada, menos como farsa do que como tragédia. A obra literária, que dá forma ao conteúdo histórico, acaba por reconfigurar a experiência social ali presente".


ALMEIDA, Jorge de. "Pressupostos, salvo engano, dos pressupostos, salvo engano". In: CEVASCO, M. & OHATA, M. (Orgs.) Um crítico na periferia do capitalismo: reflexões sobre a obra de Roberto Schwarz. São Paulo: Cia das Letras, 2007.

"O Brasil não é para principiantes"

Postado por samantha , quinta-feira, 14 de janeiro de 2010 16:54

" (...) a necessidade de novas obras, que contemplem mais autores e interpretações, indica a recorrência e a vitalidade com que a sociedade brasileira vem sendo continuamente pensada e levada a se repensar através dos seus intérpretes clássicos. Talvez isso ocorra, em parte, justamente porque, em meio ao labirinto da especialização acadêmica contemporânea e do decorrente fracionamento do conhecimento que não apenas separou a história da lógica das ciências sociais, mas implicou também o abandono das visadas mais gerais sobre a sociedade, as interpretações do Brasil, acadêmicas ou não, constituam um espaço social de comunicação entre presente, passado e futuro que pode nos dar uma visão mais integrada e consistente da dimensão de processo que o nosso presente ainda oculta".

BOTELHO, André & SCHWARCZ, Lilia. "Esse enigma chamado Brasil: apresentação". In: Um enigma chamado Brasil: 29 intérpretes e um país. São Paulo: Cia das Letras, 2009.

Ponto final

Postado por samantha , quarta-feira, 13 de janeiro de 2010 09:21

"Nos últimos meses, aflito diante da minha demora para finalizá-la, propôs a seguinte solução: 'mãe, porque você não escreve assim: concluí que o Antonio Candido e os outros eram intelectuais, ponto final, e entrega a tese'".

PONTES, Heloísa. Destinos Mistos: o grupo Clima no sistema cultural paulista (1940-1968). Tese de doutoramento. São Paulo, Departamento de Sociologia da USP, 1996.

Orientalismo 2

Postado por samantha , sábado, 9 de janeiro de 2010 13:03

"Com demasiada frequência, supõe-se que a literatura e a cultura são, política e até historicamente, inocentes; para mim, as coisas parecem diferentes, e certamente o meu estudo do orientalismo convenceu-me (e espero que convença os meus colegas literários) de que a sociedade e a cultura literária só podem ser entendidas e estudadas juntas".

SAID, Edward. In: Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Cia das Letras, 2007.

Orientalismo

Postado por samantha , sexta-feira, 8 de janeiro de 2010 16:17


"Em antropologia, há certos problemas para os quais não há Said(a)".

SAHLINS, Marshall. In: Esperando Foucault, ainda. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.

19 Princípios para a Crítica Literária

Postado por samantha , quinta-feira, 7 de janeiro de 2010 13:34

1. Acusar os críticos de mais de 40 anos de impressionismo, os de esquerda de sociologismo, os minuciosos de formalismo, e reclamar para si uma posição de equilíbrio.

2. Citar em alemão os livros lidos em francês, em francês os espanhóis, e nos dois casos fora de contexto.

3. Começar sempre por uma declaração de método e pela desqualificação das demais posições. Em seguida praticar o método habitual (o infuso).

4. Nunca apresentar a vida do autor sem antes atacar o método biográfico. Vários acertos podem ser compensados por uma redação horrível.

5. Não esqueça: o marxismo é um reducionismo, e está superado pelo estruturalismo, pela fenomenologia, pela estilística, pela nova crítica americana, pelo formalismo russo, pela crítica estética, pela lingüística e pela filosofia das formas simbólicas.

6. Citar muito e nunca a propósito. Uma bibliografia extensa é capital. Apóie a sua tese na autoridade dos especialistas, de preferência incompatíveis entre si.

7. A argumentação deve ser técnica, sem relação com as conclusões.

8. Não esqueça: o marxismo é um reducionismo, e está superado pelo estruturalismo, pela fenomenologia, pela estilística, pela nova crítica americana, pelo formalismo russo, pela crítica estética, pela lingüística e pela filosofia das formas simbólicas.

9. Resolva sempre sem entrar no mérito da questão.

10. Para as questões de ontologia, Wellek; para as de forma Kayser, e ultimamente Todorov.

11. A psicanálise está menos superada que o marxismo, mas também é muito unilateral.

12. Não esqueça: o marxismo é um reducionismo, e está superado pelo estruturalismo,
pela fenomenologia, pela estilística, pela nova crítica americana, pelo formalismo russo, pela crítica estética, pela lingüística e pela filosofia das formas simbólicas.

13. Afrânio Coutinho e os Concretistas introduziram a crítica científica no Brasil.

14. Publique longos resumos de livros sem importância, convença o editor a traduzi-los e o leitor a lê-los. Há quase 700.000 universitários no país.

15. Um doutoramento vale ouro.

16. O semantema glúteo em lingüística moderna tende à polissemia.

17. A crítica de nosso tempo é engajada e autêntica, e não descura de sua vocação profunda, de seu compromisso com o homem no que ele tem de eterno e no que tem de circunstancial, compromisso que irá cumprir resolutamente até o fim. Isto é que é importante.

18. Os livros editados pela Universidade de Indiana e importados pela livraria Pioneira são importantíssimos. Se pelo contrário você é de formação francesa, não deixe de aplicar o método de Chomsky e Propp. O resultado não se fará esperar.

19. Muito Cuidado com o óbvio. O mais seguro é documentá-lo sempre estatisticamente! Use um gráfico se houver espaço.

SCHWARZ, Roberto. In: O Pai de família e outros estudos. São Paulo: Paz e Terra, 1970.

Encontro Nacional de Antropologia e Performance

Postado por samantha , segunda-feira, 4 de janeiro de 2010 16:02

O Encontro Nacional de Antropologia e Performance [ENAP], que terá por sede o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo [MAC - USP], pretende reunir pesquisadores do campo das artes interessados em aprofundar seu diálogo com a antropologia e antropólogos que buscam conhecimentos em estudos de performance, num processo interdisciplinar que evoca um momento originário na história da antropologia da performance, nos anos de 1960 e 1970, quando Richard Schechner, um diretor de teatro virando antropólogo, faz a sua aprendizagem antropológica com Victor Turner, um antropólogo que, na sua relação com Schechner, torna-se aprendiz do teatro.

As atividades previstas pelo Encontro, abertas ao público, estarão divididas em sessões de mesas redondas, conferências, ações performáticas [com a participação de convidados nacionais e internacionais] e apresentações de trabalhos [comunicações orais ou pôsteres], organizadas em torno de 3 eixos temáticos: festa e patrimônio artes do espetáculo música e oralidade.
Aos interessados em apresentar trabalhos [comunicações orais ou postêres], o prazo para envio dos resumos é 10/01/2010 [mais informações no site linkado abaixo].

O Encontro é uma realização do Napedra Núcleo de Antropologia, Performance e Drama – grupo de estudo e pesquisa que reúne, entre outros, alunos e professores do Programa de Pós-gradução em Antropologia Social [FFLCH-USP] e do Programa de Pós-graduação em Artes [IA-UNICAMP] - fazendo parte das ações propostas pelo projeto temático Antropologia da Performance: Drama, Estética e Ritual, financiado desde 2008 pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo [Fapesp].

O ENAP conta com o apoio da Rede Goiana de Pesquisa Performances Culturais [UFC UCG IHGG], do Programa de Pós-graduação Interunidades de Estética e História da Arte [USP], do Museu de Arte Contemporânea [MAC-USP, do Programa de Pós-graduação em Artes [IA-UNICAMP] e do Departamento de Antropologia, Programa de pós-graduação em Antropologia Social [FFLCH-USP].

Fonte: http://www.fflch.usp.br/da/index.php/nucleos/napedra/272-enap-encontro-nacional-de-antropologia-e-performance

Revista Cadernos de Campo abre chamada para publicação

Postado por samantha , domingo, 3 de janeiro de 2010 06:49

A revista abre chamada de 04 de janeiro a 07 de março de 2010 para receber artigos, ensaios, resenhas, informes, entrevistas, traduções e produções estéticas, conforme suas instruções para publicação (link disponível em "Localize" no blog da revista).

Os trabalhos devem ser apresentados em três vias impressas, acompanhadas de uma cópia em mídia eletrônica enviada para o e-mail cadcampo@usp.br ou gravada em CD-ROM.

Além das instruções, confira os procedimentos de avaliação das colaborações (link disponível em "Localize" no blog da revista).

Abaixo, o endereço para envio das contribuições:

Revista Cadernos de Campo
Departamento de Antropologia - FFLCH/USP
Av. Prof. Luciano Gualberto, 315
São Paulo/SP - Brasil
CEP: 05508-900

Fonte: http://revistacadernosdecampo.blogspot.com/